Poteiro: Invenção, fôlego e garbo!

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A Criança e a Internet

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Curiosidade Virtual

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Releitura de Antonio Poteiro

          Antonio Batista de Sousa ( Antonio Poteiro) nasceu em Santa Cristina de Pousa (Portugal) no ano de 1925. Chegando ao Brasil em criança, morou sucessivamente em São Paulo e Minas Gerais, viveu ano e meio na Ilha do Bananal entre os Carajás e, finalmente, radicou-se em Goiânia.
       Ganhando a vida como fabricante de cerâmica utilitária (de onde lhe adveio o epíteto de Poteiro), aos poucos foi imprimindo qualidade artística a seus potes, estimulado por Antonio de Melo e pela pintora e folclorista Regina Lacerda.

     Com o passar dos anos muitos de seus potes assumiriam a condição de autênticas esculturas em cerâmica, superando pela carga estética sua condição primeira de simples recipientes caseiros para revelar, na forma cada vez mais complexa e na elaborada ornamentação, uma imaginação dominada pelo insólito e o fantástico. Passando posteriormente a pintar,a conselho de Siron Franco e de outros artistas goianos.
     É, dentre os artistas brasileiros, dos mais conhecidos e apreciados no exterior, em função do enorme número de exposições internacionais de que tem participado desde 1972.
    Estranha figura de barbas longas como as de um profeta bíblico, leitor constante das Sagradas Escrituras e conhecedor da História, sob a aparência singela e o despojamento quase desleixado esconde-se um autêntico criador de formas, dotado de uma visão pessoal e que por isso mesmo soube dar corpo a um mundo-de-idéias que não se assemelha ao de nenhum outro artista.
     Como a seu respeito escreveu Frederico Morais em 1983: «O mundo que Poteiro constrói em seus quadros e cerâmicas é rigorosamente lógico, a começar pela sua simetria. Nele temos o céu e a terra, o alto e o baixo, a esquerda e a direita, o dentro e o fora, Deus e o diabo, o bem e o mal, o leve e o pesado.
     «São vários níveis, planos, andares. Há o mundo de dentro (Poteiro põe um presépio dentro de um chapéu de couro nordestino, imagem que lembra uma nave ou gruta) e o de fora". 


 

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